Prestes a receber alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a mãe da pequena Paloma, espancada até a morte aos seis anos pelo próprio pai, agora precisa de ajuda para recomeçar. Em uma nova casa, Sônia José Fernandes, de 46 anos, além dos novos móveis e o aluguel, ela também vai dar continuidade ao tratamento quando sair do centro médico.
Para arcar com todos os custos, os dois filhos mais velhos dela, Jenny e Josemar Júnior Fernandes, abriram uma "vaquinha" virtual. Quem quiser apoiar a família pode realizar uma doação no pix 16718420735 (CPF), que pertence a Josemar.
O atual estado de saúde de Sônia é considerado um milagre pelos familiares e equipe médica do Hospital de Urgência e Emergência (HUEE). Após chegar ao antigo Hospital São Lucas (Hospital Estadual de Urgência e Emergência), em Vitória, com afundamento de crânio no centro superior da cabeça e um hematoma no tórax, a mãe de Paloma chegou a ter 1% de chance de sobreviver, segundo informações de familiares.
Aos poucos, a vítima da brutalidade feita pelo próprio marido no dia 18 de junho foi ganhando forças. Ainda na primeira semana de internação ela abriu os olhos e conseguiu mexer os braços. Um quadro muito diferente de quando a polícia a encontrou no bairro Novo Brasil, em Cariacica, quando, ensanguentada, ela não conseguia falar e nem se mexer.
Após mais alguns dias, Sônia conseguiu falar ‘te amo’ para um familiar, além de comer sozinha. No dia 26 de julho, já respirando sem ajuda dos aparelhos, recebeu a notícia tanto da morte da filha quanto do suspeito de cometer o crime contra as duas, o companheiro Oseas Marciel Soares.
“Depois de contarmos, ela chorou muito, o psicólogo nos orientou a deixar que ela vivesse aquela dor e aquele momento. Mas, estávamos ao lado dela o tempo todo apoiando”, contou Jenny, irmã de Paloma.
Em conversa com os filhos, Sônia contou que não se lembrava de muitos detalhes do crime, pois tinha sido golpeada primeiro.
Nesta segunda-feira (8), em conversa com o site A Gazeta, Jenny contou que a previsão é que a mãe receba alta ainda nesta semana.
O caso foi descoberto após a denúncia de vizinhos, que desconfiaram do silêncio no imóvel onde moravam as vítimas. O principal suspeito de matar a criança de seis anos e agredir Sônia foi encontrado morto, com sinais de enforcamento, no dia 21 de junho em uma área de mata também no bairro Novo Brasil, em Cariacica. O corpo foi encontrado horas depois do decreto de mandado de prisão contra Oseas.
A Polícia Civil (PCES) informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). A equipe aguarda a conclusão de laudos periciais da Polícia Científica (PCIES) que serão juntados ao Inquérito Policial (IP). Assim que concluídas, a corporação irá enviar o inquérito para o Ministério Público (MPES).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta